Em Davos, Arábia Saudita condiciona ‘normalização’ com Israel à criação do Estado palestino


Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal Bin Farhan Al Saud, fala no início de uma reunião de dois dias dos 57 membros da Organização de Cooperação Islâmica, na Casa do Parlamento em Islamabad, Paquistão, 22 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 20.01.2023

© AP Photo / Rahmat Gul

Governo israelense prometeu buscar relações formais entre Tel Aviv e Riad, mas a Arábia Saudita vinculou qualquer movimento do reino a uma resolução dos objetivos palestino.

A Arábia Saudita não normalizará os laços com Israel na ausência de uma solução de dois Estados com os palestinos, disse o ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, nesta sexta-feira (20).

“A verdadeira normalização e a verdadeira estabilidade só virão […] dando aos palestinos um Estado”, afirmou.

Os comentários de Farhan Al Saud aconteceram nos bastidores do Fórum Econômico Mundial em Davos, segundo o The Times of Israel.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, discutiu a normalização de Israel com a Arábia Saudita em conversas com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em Jerusalém na quinta-feira (19).

Hossein Salami, comandante-em-chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) iraniano, fala durante cerimônia fúnebre comemorando a morte de militares iranianos em Teerã, Irã, 4 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2022

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Os Acordos de Abraão negociados, em conjunto aos Estados Unidos, viram os vizinhos do reino – os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein – restabelecerem laços diplomáticos com Estado judeu, e Netanyahu expressou repetidamente seu desejo de ver a Arábia Saudita entrar na lista.

Entretanto, a solução de dois Estados apontada por Riad como sendo a “moeda de troca” para aproximação, se encontra cada vez mais distante, uma vez que o primeiro-ministro israelense planeja seguir uma política de maior expansão dos assentamentos na Cisjordânia, com partidos de direita em sua coalizão defendendo a anexação de parte do território, relata a mídia.

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