Lavrov acusou a Ucrânia de ameaçar a segurança da Rússia e “pisar descaradamente” nos direitos dos russos e dos russófonos na Ucrânia
23 de setembro de 2022, 06:01 h Atualizado em 23 de setembro de 2022, 06:01
Chanceler russo, Sergei Lavrov (Foto: Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS)
247 – O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, defendeu nesta quinta-feira (22), durante debate no Conselho de Segurança da ONU, os motivos do seu país ao desencadear em fevereiro deste ano a operação militar especial na Ucrânia.
Lavrov esteve no sala do conselho apenas para proferir seu discurso na reunião do órgão de 15 membros, que contou com a presença do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. Lavrov não ouviu nenhum discurso dos outros países.
O conselho, que se reuniu sobre a Ucrânia pelo menos pela 20ª vez este ano, não pôde tomar medidas significativas porque a Rússia é um membro permanente com direito de veto, assim como Estados Unidos, França, Reino Unido e China.
Lavrov acusou Kiev de ameaçar a segurança da Rússia e “pisar descaradamente” nos direitos dos russos e dos russófonos na Ucrânia, acrescentando que isso “simplesmente confirma que a decisão de conduzir a operação militar especial era inevitável”.
Lavrov disse que os países que fornecem armas à Ucrânia e treinam seus soldados foram partes no conflito, acrescentando que “o fomento intencional deste conflito pelo Ocidente permaneceu impune”.