Mídia chinesa diz que EUA deveriam implementar promessas do seu presidente

As promessas da Casa Branca ainda são palavras vazias, comenta a Rádio Internacional da China

16 de março de 2022, 05:22 h Atualizado em 16 de março de 2022, 05:50

www.brasil247.com - Delegações da China e dos EUA se reúnem em Roma, 14 de março de 2022 Delegações da China e dos EUA se reúnem em Roma, 14 de março de 2022 (Foto: Mídia chinesa)

Rádio Internacional da China – O membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comissão de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCCh, Yang Jiechi, reuniu-se na segunda-feira (14) com o assessor da presidência para Assuntos de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em Roma, capital da Itália.

As duas partes realizaram um diálogo aberto, profundo e construtivo sobre as relações sino-norte-americanas e questões internacionais e regionais de interesse comum. Elas concordaram em implementar os consensos alcançados pelos líderes dos dois países, com o objetivo de acumular as condições para que as relações bilaterais voltem ao caminho correto do desenvolvimento saudável e estável.

Trata-se do primeiro encontro de alto nível entre a China e os EUA, depois da videoconferência entre os seus principais dirigentes, em novembro do ano passado. Naquela ocasião, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs a adesão ao princípio de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de benefício recíproco ao tratar das relações bilaterais na nova época.

O presidente estadunidense, Joe Biden, prometeu que não promoverá uma nova guerra fria, não tentará mudar o sistema da China, não repudiará o país por meio do reforço da aliança contra ele e não apoiará a independência de Taiwan. Além disso, Biden manifestou que não quer confronto com o país asiático.

Após quatro meses, as promessas da Casa Branca ainda são palavras vazias. Os EUA anunciaram a venda de armas a Taiwan, enviaram oficiais para visitar a ilha e emitiram uma nova estratégia para a região do Indo-Pacífico, reforçando o boicote à China. As condutas estadunidenses são contrárias à promessa feita por Biden, obstruindo o processo de normalização das relações sino-estadunidenses.

No encontro recente, a parte chinesa reafirmou sua postura de que as questões relacionadas a Taiwan, Xinjiang, Tibet e Hong Kong são assuntos internos e prioritários para o país. A China não permite a interferência de forças externas. O princípio de Uma Só China é a base política das relações entre a China e os EUA. O governo Biden se comprometeu várias vezes a não apoiar a independência de Taiwan, porém, violou repetidamente a sua palavra. No mês passado, o governo chinês decidiu, de acordo com a Lei contra Sanções Estrangeiras da China, implementar contramedidas às duas empresas dos EUA que participaram da venda de armas a Taiwan por longo período. A China está sempre determinada a salvaguardar sua soberania e segurança.

As relações sino-estadunidenses são importantes também para a paz e a estabilidade do mundo. No encontro da última segunda-feira, as duas partes também trocaram opiniões sobre a situação na Ucrânia. A parte chinesa sublinhou a necessidade de conhecer a história e a evolução da questão no leste europeu para solucionar a raiz do problema e responder às preocupações de todas as partes. A China se dedicará à promoção das negociações pacíficas para que a tensão na região seja aliviada o mais cedo possível.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/midia-chinesa-diz-que-eua-deveriam-implementar-promessas-do-seu-presidente

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