PAX: a moeda supranacional e o renovador Parâmetro Mundial de Precificação das Moedas Nacionais

Perfil do Colunista 247

Geraldo de Araújo Filho

Advogado, Professor Universitário e Consultor de Estratégias Corporativas. Autor dos livros ‘A Criatividade Corporativa Na Era Dos Resultados’, ‘Empreendedorismo Criativo’, ‘A Nova Dimensão da Empregabilidade’, ‘A Moeda Universal e O Novo Ordenamento Sociomoral’

Geraldo de Araújo Filho

Intenção da Moeda Supranacional é a de contribuir para agregar e catapultar a totalidade das Nações para um Estágio de Convivência Contributiva

Presidentes Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) Presidentes Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) (Foto: Divulgação)

Sem resquício de qualquer sombra dúvida, o Novo Mundo Multipolar que se descortina aceleradamente na Geopolítica Planetária precisa, com muita urgência, de cérebros que estejam voltados para o Exercício do Princípio Basilar das Ciências Econômicas, qual seja, a de que ela é, fundamental, inalienável e primordialmente, uma Ciência Social voltada para o estudo e o aperfeiçoamento do funcionamento de um determinado nicho da economia, seja ele macro ou não, sob o pressuposto de que o fundamental, substancial, elementar e determinante foco de sua atuação não se distorça em outras ilações que não a de Beneficiar o Homem, propiciando-lhe, cada vez mais, oportunidades do Bem Viver.

Com foco nessa premissa, hoje se assiste a um já não muito tímido movimento de escambo monetário intra-nações, onde o comércio bilateral é acordado em moedas locais sob a presunção de não haver nessas operações interveniência do Dólar Estadunidense ou de qualquer outro padrão monetário que conste da Cesta Ocidental (Euro, Franco Suíço, Libra e Yen).

‘A Técnica e a Tecnologia São Muito Importantes, Mas Aumentar a Confiança é Que é a Grande Questão da Nossa Atualidade’ Tom Peters

No entanto, e em sendo a Multipolaridade uma efeméride que já não presume ou comporta qualquer retrocesso, mas sim, e cada vez mais, aceleradas adesões e avanços, não percebo que a saída, ou por outra, o descolamento das economias planetárias das atuais Imposições Unilaterais Ocidentais – sempre recheadas de ameaças descabidas e de sanções espúrias, não obstante estabelecerem todas as regas e manualizarem, leoninamente, todos os dogmas – possa acontecer de forma diferente da que propomos logo a seguir, haja vista que são justamente os ocidentais, sem qualquer cerimônia ou prévio aviso que, historicamente, descumprem todos esses ‘mandamentos’.

Portanto, transitar por esse atalho do comércio bilateral, uma vez que, mesmo que a bilateralidade cambial Yuan Chinês x Real Brasileiro, por exemplo, operacionalmente possa acontecer com desembaraço, a Senhoriagem do Estabelecimento do Valor dessas duas moedas locais continua a ter como balizamento ‘O Quanto o Dólar Estadunidense Acha Que Elas Valem’.

Modernamente, o adentrar da nossa civilização no primeiro quartil do terceiro milênio cristão acabou por desvestir, em definitivo, a máscara, não apenas do Dólar Estadunidense – com a Quebra do Capitalismo em 2008 – como, em seu vácuo, também a totalidade das moedas de seus Satélites que frequentam a Cesta Ocidental, ou seja, todas elas, moedas completamente artificiais (como justificar que o ‘euro português’ possa ter o mesmo significado monetário que o ‘euro alemão’, por exemplo, tendo em vista que suas economias são absolutamente descoincidentes) amparadas no Dólar Estadunidense e que, hoje, ou por outra, desde 1971 – quando, graças a ação contundente de Charles De Gaulle, que presidiu a França de 1959 até 1969, não mais deu para esconder do mundo a sucessão de trapaças relativamente à quebra unilateral dos acordos estabelecidos em 1944 em Bretton Woods – e já desde então, portanto, completamente sem lastro, é uma grande ficção monetária.

E somente a título de lembrança: Citando Risco Fiscal Premente, a Agência FITCH de Avaliação de Risco Acaba de Rebaixar a Nota de Crédito dos EEUU de AAA para AA+. Está, simplesmente, devendo quase 40% a mais do que seu próprio PIB.

‘Os Problemas Que o Mundo de Hoje Enfrenta Não São Suscetíveis de Soluções Militarizadas’ John Fitzgerald Kennedy

O Ocidente, leia-se EEUU–OTAN, se impôs ao mundo do pós 2ª Grande Guerra através de mais e mais insinuações descabidas, mentiras escabrosas, importunações covardes e beligerância predatória: Provocam, Invadem, Apropriam-se dos Bens Nacionais e Deixam Terra Arrasada.

Mas essa quadratura infausta e calamitosa está com os seus dias contados: a Nova Ordem Mundial que espontaneamente se estabelece via uma multipolaridade que avança com naturalidade, mas como uma força tsunâmica, é absolutamente incontível, irrefreável e, definitivamente, irreversível.

Sem disparar um só tiro, a China tornou-se Ponta de Lança de um Processo que arrebata a cada alvorada mais e mais seguidores e, hoje, a fila dos países que se candidatam a fazerem parte do Bloco BRICS, o chamado BRICS+, já está virando o quarteirão.

E, por falar no BRICS+, como há alguns ruídos que pairam sobre o assunto, Advogo Que a Direção, o Rumo e as Premissas Que Possibilitaram a Constituição do Bloco Devam Prosseguir Sob o Comando dos Cinco Países Fundadores – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – com os demais Novos Integrantes, Todos Muito Bem-Vindos, obviamente, Tendo Voz Ativa Para Participar das Discussões, Apresentar Sugestões e Sugerir Mudanças Neste ou Naquele Ponto Que Acharem Possam Ser Aperfeiçoados.

Mas o Voto de Minerva Caberá, Sempre, aos Fundadores do Bloco. Simples Assim.

De toda sorte, trocar o Dólar pelo Yuan, definitivamente, não é a proposta a ser desenvolvida, posto que seria, meramente, trocar o seis pela meia dúzia, ou seja, substituir a senhoriagem da moeda de um país pela senhoriagem da moeda de um outro. E isso nada mais significa que voltar à estaca zero do atual modelo ineficaz.

‘Se Queremos Progredir Não Devemos Repetir a História, Mas Fazer Acontecer Uma História Nova’ Mahatma Gandhi

China e Rússia, hoje, são os países que mais se debruçaram sobre o estudo de opções para a substituição da senhoriagem da Cesta de Moedas Ocidentais e, consequentemente, de forma concreta, conseguiram avanços significativos, substituindo o Padrão Dólar Estadunidense por um paralelo escambo monetário regionalizado, ou seja, já está sendo negociada a Rupia Indiana x Rublo Russo e o Yuan Chinês x Riyal Saudita, por exemplo.

De toda maneira, como já aludimos, muito embora esses primeiros passos devam ser aplaudidos e incentivados, não é essa, ainda, a medida ideal, ou por outra, não é essa, ainda, a melhor fórmula para a bula que irá remediar e apaziguar os sintomas da abjeta patologia que graça planeta afora, contaminado que está pelo vírus de um capitalismo ocidental neoliberal devastador, que tem como origem o egoísmo desvairado, a usura alucinada, a agiotagem tresloucada e a especulação incontrolada do Deus Mercado.

‘Um Eminente Cientista Anunciou Que, Em Sua Particularíssima Opinião, a Existência de Vida Inteligente é Possível Em Muitos Planetas, Inclusive na Terra’

A Fábula da Galinha dos Ovos de Ouro, mesmo ao longo dessas décadas todas, não conseguiu permear o Capitalismo Ocidental que, diuturnamente, busca maneiras de afogar, mais e mais, as economias regionais que procuram colocar suas cabeças acima da linha d’água de forma a, meramente, tentarem conseguir oxigenarem–se para manterem-se vivas, posto que não lhes são dadas quaisquer oportunidades outras de evoluírem em seus crescimentos com um mínimo de dignidade.

No entanto, e na contramão dessa realidade aziaga, funesta e nefasta, o BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Pioneiro Bloco Econômico de Países com efetivas economias emergindo através de seus próprios esforços individualizados apesar de todas as ameaças e Sanções Ocidentais – surge no cenário geopolítico-econômico como o grande e providencial contraponto desse Sistema Neoconservador Imperialista Suicida, não com discursos vazios, mas com atos e fatos concretos, caminhando em passos largos pela senda da Política de Cooperação Humanizada, do Auxílio Tecnológico e do Suporte Financeiro, agora via o NDB – New Development Bank, mais conhecido como Banco BRICS, de forma a possibilitar a construção de um tripé de sustentabilidade para o descortínio de um porvir de melhores dias às nações que, tradicionalmente, foram, e continuam sendo espoliadas pelo Unilateralismo Ocidental.

Aliás, e nessa linha de ação cooperativa, não somente a China se vem destacando de forma extremamente participativa, como também a Rússia, que acaba de anunciar na Cúpula RússiaÁfrica em São Petersburgo, o cancelamento de nada menos que US$ 23 BILHÕES em Dívidas Africanas, o Envio Gratuito de 50 MIL Toneladas de Grãos e, mais ainda, com o presidente Vladimir Putin oficialmente prometendo empenho para que a África tenha assento no G20 e no CSNU – Conselho de Segurança das Nações Unidas.

‘Justo Quando a Lagarta Achou Que o Mundo Se Tinha Acabado, Ela Virou Uma Borboleta.’ McMillen

Em nosso livro, ‘A Moeda Universal e o Novo Ordenamento Sociomoral’ lançado no início de 2010 pela Editora Ciência Moderna, ou seja, imediatamente após à Debacle Ocidental do final de 2008, evoluímos no conceito de evidenciar uma solução inusitada e absolutamente viável operacionalmente para corrigir as nítidas distorções existentes nas Aferições de Valor Entre as Diversas Moedas Nacionais, quer de circulação restrita aos seus próprios territórios, quer de circulação um pouco mais ou totalmente abrangentes.

E é, então, na tese desta inédita conceituação monetária, que alargamos horizonte para um novo lastro balizador, a RVDS – Reserva de Valor Para o Desenvolvimento Sustentável, composto por coeficientes que, efetivamente, traduzam, não apenas o estágio em que se encontra a economia formal-tradicional de uma determinada nação como – e aí reside a imperativa inovação frente aos novos e impostergáveis compromissos com a Amplificação do Bem Estar da Humanidade e com o Acautelamento na Preservação do Nosso Orbe – um elenco composto de fatores que aquilatam, estimulam, valorizam e incitam cada país a um Aproveitamento Social mais efetivo das riquezas que lhe são próprias, a uma busca da Empregabilidade Plena, a uma oferta de Educação de Qualidade e Abrangente, a um Sistema de Saúde Universalizado e Confiável, a programas que contemplem a Aquisição de Moradias Decentes e que, aliados a alguns outros tantos do Nicho Social, outros mais que Priorizem o Nicho Ecológico, de forma a que esse conjunto de fatores consiga apurar, não apenas o Desenvolvimento Econômico-Financeiro Nacional mas, também, e preponderantemente, examinar e conferir se essas decorrências estão ajustadas com um Compromisso de Desenvolvimento Socioambiental que possibilite um padrão de vida aceitável para os cidadãos daquele território que, em última análise, ou melhor, ou muito melhor, ainda, em primeiríssima análise, devem ser os maiores beneficiários, haja vista que são os principais artífices desses resultados.

‘Só Existe Uma Coisa Mais Dolorosa do Que Aprender Com a Experiência: Não Aprender Com a Experiência.” Archibald McLeich

O Planeta Terra cansou de acalentar as ancestrais mesmices e se prepara para dar início a um Desenvolvimento Autossustentado apoiando–se em um Tripé de Bases Sociomorais Renovadas, Atentas à NeoEcologia e, primordialmente, Categórica e Decisivamente Humanizada, ou seja, em parâmetros ultra mais sólidos daqueles que veem sendo exercitados pelas Nações Líderes Ocidentais.

Dito tudo isso, vale ressalvar que a Ideia Mater da Mundialização desse Inovador Elenco de Parâmetros Balizadores de Precificação das Moedas Nacionais, nem de longe, é a de detonar o Ocidente transformando-o em ‘carta fora do baralho’. Não. De forma alguma. Na receita de nossa proposta isso é ingrediente impensável, despropositado e incabível e, por conseguinte, completamente abdicado.

Muito antes e muito pelo contrário, a Intenção da PAX – nomenclatura com que, por agora, denominamos o conjunto desses Fatores Universais de Balizamento Monetário – a intenção dessa Moeda Supranacional é a de contribuir para agregar e catapultar a totalidade das Nações para um Estágio de Convivência Contributiva, quer Bilateral, quer entre os diversificados Blocos Econômicos.

Urge, portanto, Real e Palpavelmente, Oficializar a Criação de Um Grupo de Trabalho Multinacional – preferencialmente ligado à ONU – de forma a que Esse Conjunto de Coeficientes de Avaliação Que Se Conterão na RVDS – Reserva de Valor Para o Desenvolvimento Sustentável, Revistam–se de um Indispensável Formato Operacional Oficial no Menor Espaço de Tempo Possível, de Forma a Possibilitar que, brevemente, as Nações Planetárias caminhem, irmanadas, na Direção do Descortínio de Uma Quadratura Bem Mais ajustada e Prazerosa Para a Humanidade Inteira.

‘Crescer Não é a Mesma Coisa Que Evoluir. Crescer é Ficar Maior. Evoluir é Ficar Melhor.’

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/pax-a-moeda-supranacional-e-o-renovador-parametro-mundial-de-precificacao-das-moedas-nacionais

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