Para Lukashenko, haverá uma muddança na dinâmica global após expansão do BRICS
Aleksander Lukashenko, presidente de Belarus (Foto: Mikhail Metzel/TASS)
TASS – O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, compartilhou suas perspectivas sobre o atual panorama geopolítico, destacando o papel da expansão do BRICS em uma entrevista coletiva. Segundo Lukashenko, embora a hegemonia ocidental ainda não tenha chegado ao fim, a expansão do BRICS representa um passo significativo nessa direção.
“Eu acredito que a hegemonia ocidental ainda não chegou ao fim. Mas isso”, referindo-se à expansão do BRICS, “é um forte passo nessa direção. Não apenas a mídia, mas também políticos de alto nível ficaram nervosos”, afirmou Lukashenko, de acordo com a BelTA. Ele observou que há muito o que se pensar e analisar nesse contexto.
Lukashenko enfatizou que a expansão do BRICS é um passo importante em direção a um mundo multipolar e ressaltou que esta é apenas a primeira etapa desse processo. “Se as coisas correrem bem, algumas unidades de conta, alguma moeda, surgirão. E isso é o que eles [ocidentais] mais temem, especialmente os americanos, que dominam”, afirmou o presidente. Ele acrescentou que a hegemonia ocidental encontrará seu fim aí.
O presidente também refletiu sobre sua abordagem em relação a esses eventos globais. “Sempre acreditei que os passos devem ser mais decisivos”, disse ele. “Mas, ao mesmo tempo, começo a pensar que, devido às diferentes opiniões e abordagens, passos mais radicais podem ser impossíveis.” Ele enfatizou a necessidade de continuar avançando nessa direção.
Lukashenko elogiou o fato de que nem a China nem a Índia se opuseram a essa expansão do BRICS, apesar das tentativas de influência por parte dos americanos. “Isso representa quase metade da população. Há uma razão pela qual o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que a Índia será a economia número um em termos de taxa de desenvolvimento. Sim, isso acontecerá. O país já exibe altas taxas de crescimento neste ano e se aproximou bastante da China”, observou o presidente.