Reflexões sobre música e consciência


Por que a música eleva? Por que dizem que a música é divina? Não precisamos ser peritos para responder. Porque a música é sentimento, a música é emoção, é o veículo pelo qual acessamos nossos sentimentos mais íntimos e mais profundos. Sim! Então a música é uma ponte… Ah, é isso, uma ponte de comunicação.

Música é vibração, é frequência, e para aqueles que estudam a Lei Hermética das Vibrações sabem o poder que elas têm. Muitos já viram e assistiram vídeos  de uma experiência do japonês Masaru Emoto com os cristais da água. Por si só essa experiência é suficiente para nos mostrar o poder que a música tem sobre a água.

A água é um elemento naturalmente feminino, passivo, moldável a qualquer situação, ambiente ou vibração, a música é ação, movimento, construção… é também fogo e água fecundando o caos, o mesmo princípio do Alto se projetando embaixo no mundo dos homens.

E só para refrescar nossa memória, lembremos que nosso corpo é composto de 80% de água, então veja o poder que a música tem e a responsabilidade que ela ocupa formando gerações e gerações de pessoas.

A música pode nos elevar ou afundar-nos tamanha é a sua sutileza e mexe com nossas emoções mais escondidas.

Música aliada ao verbo entoado tem poder! Não esqueçam jamais isso.

Poucos sabem que o verbo e o sexo estão intimamente ligados com a Criação. Deus entoa seu eterno verbo cósmico para fecundar nas águas da gênese ou as águas caóticas do Abismo o Cosmo e o Universo, o famoso coito cósmico de Shiva e Shakti, construindo planetas, sóis, estrelas, sistemas planetários e galáxias, o microcosmo inserido no macrocosmo e o macrocosmo inserido no microcosmo.

Que os nossos olhos possam ser abertos para vermos porque então a música, o sexo e o verbo são tão sagrados e estão todos interligados no despertar de nossas consciências.

Um casal puro, unido pelo amor e pela música elevada juntamente com o trabalho alquímico e sexual imaculados, constroem sua ponte de ascensão e purificação, sua escada de Jacó, seu caminho de retorno ao seio do Pai.

Porém, quantos sabem usar a música, o verbo e o sexo para o bem? Quantos os utilizam com consciência?

Se tivermos consciência do poder da música, então podemos aliá-la à nossa elevação espiritual, se não tivermos consciência de que a música pode nos elevar e nos curar, então nos deixamos levar pelas massas que a compõem sem nenhum foco nem atenção, nos levando para um caminho de degeneração progressiva até ser alcançados pela entropia que a tudo devora.

Não vamos aqui entrar nos méritos de cada estilo musical, músico ou compositor, sejam eles quais forem, cada qual é livre para fazer sua escolha, apenas aqui sinalizamos que existem escolhas e sintonias. Você vibra aquilo que você é, percebe?

Um excelente exercício que propomos aqui é estarmos atentos nas músicas que selecionamos e ouvimos no decorrer da vida ou nas fases de nossa vida, porque o ser humano vive fases, e quanto mais maduro vai se tornando, também sua percepção vai sendo transformada com as experiências que a idade, a vida e seu espírito lhes ensinaram.

Um bom começo é ler sua letra com atenção e ver qual tipo de mensagem ela passa, por aí se tivermos um pouco que seja de consciência desperta já será suficiente para derrubar por “xeque-mate” 70% ou até mais em nossa seleção; outra dica é saber sentir a música e estar atento no tipo de emoção que ela vai nos despertar.

Existem as sensações mais baixas de mal-estar, rejeição, incômodos, angústias, até as mais sutis que mexem com nossos desejos mais refinados de sedução, uma mente sintonizada e atenta consegue destilar as sutilezas do ego, os venenos da mente, da pureza do som e do espírito.

Há três tipos básicos de mensagens que uma musica pode nos trazer.

1. O primeiro tipo de mensagem é aquela que nos eleva e nos sintoniza em esferas superiores de sentimentos e pensamentos. Canta o amor, a alegria, a paz. Valorizam o ser humano abrindo seus chacras, alinhando e sintonizando o corpo, a alma e o espírito, nos mostrando que somos muito mais que um simples corpo humanoide, ou matéria instintiva e biológica, somos o espírito divino habitando temporariamente a matéria.

A música que eleva nos abre para o universo crístico, então aqui nos tornamos múltiplos e unos ao mesmo tempo; somos unidade, mas também somos pluralidade, ressoando no Cosmo como uma sinfonia, um único corpo multidimensional unido à luz do Cristo Cósmico.

Tornamo-nos o corpo crístico em ação, ressoando de oitava em oitava, sincronizadas até a fonte criadora de onde tudo verteu e nasceu como uma fina chuva orvalhada e divina, manifestando-se através de Mitra, Metra ou Metraton, o arquiteto ponte e construtor entre o imanifestado universo Pai de todas as luzes com o manifestado universo filho onde existimos.

O Cristo é a ponte entre esses dois universos e o mestre Jesus, sabendo a verdade revelada por seu Pai Interno, ensinou-a para seus discípulos, dizendo que só se chegaria ao Pai através do Filho, o Cristo Cósmico que é múltiplo e uno ao mesmo tempo.

Aquelas poucas almas aqui na terra dos homens que compõem letras e músicas com esse foco e lucidez estão muito próximos à fonte, essa é a real função da música divina, esse é o verdadeiro poder da Música das Esferas, reconectar e auxiliar os seres no despertar de suas consciências adormecidas.

2. As músicas que em nossos dias passam é a do mundo, são as músicas compostas do mundo e para o mundo, sua função é nos condicionar e formatar como consumidores do sistema, nos prendendo em padrões de comportamentos e valores voltados aos interesses de uma época ou de um período ao qual vive ou viveu uma determinada sociedade, são os famosos hits dos anos 50, 60, 70, 80 e por aí vai.

Normalmente estão voltadas a sentimentalismos que nos prendem, viciam e condicionam a seguir um estilo musical comercial, o “famoso chicletinho”, que gruda nas mentes dos mais desatentos e aí só mesmo por Deus para arrancá-lo lá de dentro.

Conseguem enxergar o estrago que isso pode fazer no subconsciente das pessoas? Isso é total reprogramação e manipulação de massas, não só a música do mundo tem esse poder como também toda a mídia, ou veículo de comunicação, como rádios, jornais e tevês. Por que será que as mídias só informam sobre desgraças, terrorismos e violência?

Será que fazem isso para condicionar-nos no medo, para que, assim, esqueçamos que o pensamento, o sentimento e o amor voltados para a paz e a harmonia reconstroem o mundo? Ou será que elas também estão perdidas e caídas no profundo sono da inconsciência coletiva?

Mas voltando para a música, não queremos levantar bandeiras de quais estilos são bons ou ruins, cada qual deve ser consciente o suficiente para fazer suas escolhas. Apenas temos aqui a responsabilidade de aclarar para que cada qual siga o caminho que escolheu.

3. O terceiro tipo de mensagem trabalha o lado oculto, negro e invertido, a música tenebrosa, que de forma consciente manipula a todos na inversão de seus valores, dando para as trevas uma falsa túnica de luz, aliciando as pessoas ao adultério, ao sexo promíscuo, à violência e ao fortalecimento dos egos humanos, desde as escalas mais densas e grotescas até as mais sutis e refinadas.

Aí é que está o “x” da questão, então acabam também usando o sistema caído de comunicação em massa e das mídias para lançarem suas sementes, mas cada qual tem seu direito de expressão, muitas vezes falam de amor e de paz, porém, de forma totalmente consciente despertada no mal e para o mal, depois que a guarda se abriu introduzem o que quiserem no subconsciente das pessoas. Portanto, é necessário estar atentos, pois nem tudo que reluz é ouro.

Música é tom, é cor, é sentimento, é fogo que imprime de forma sutil no subconsciente e na alma os mistérios do espírito.

Música é ponte, é ligação que ressoa tanto no mais alto como no mais baixo, ela pode vibrar nas esferas celestes ou ressoar nos infernos terrestres.

Qual o foco que você procura ao buscar uma música?

Nós somos aquilo que ressoamos, o externo é meramente um reflexo do nosso interno, mas se mudarmos nosso foco, assim também tudo ao nosso redor muda como mágica.

Então, por que não começar com as músicas que ouvimos?

Que possamos estar atentos a partir de agora e vigiar como sentinelas em tempos de guerra tudo que entra e sai através de nossos sentidos.

Auto-observação, Foco e Atenção!

Perder-se no caminho é esquecer-se de si mesmo.

Avante, Guerreiros!
Márcio Sorge

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