Revista norte-americana revela ponto fraco dos EUA em caso de guerra

 

Cruzador da classe Ticonderoga USS Leyte Gulf (CG 55) navegando do lado direito do navio de apoio de combate rápido USNS Arctic (T-AOE 9) no Mediterrâneo

© AFP 2019 / Jason Waite / Escritório de Informação da Marinha / Marinha dos EUA

Defesa

13:11 24.01.2020URL curta

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A história tem mostrado que os oceanos que separam os Estados Unidos da Europa e da Ásia se têm revelado um verdadeiro obstáculo capaz de suster e desincentivar ataques inimigos.

Contudo, face ao atual estado da Marinha dos EUA, o enorme espaço aquático que até agora protegia os EUA está se transformando em um problema para a segurança nacional.

Especialista americano está deveras preocupado

Sobre este tema se debruça na revista Forbes o especialista militar Loren Thompson. Ele chama a atenção para o fato de hoje em dia ser estrategicamente fundamental assegurar a deslocação de tropas e equipamento para os locais de conflito de uma forma célere e eficaz.

Mas, tendo em conta que os envolvimentos militares recentes são sempre fora dos EUA e uma vez que o transporte aéreo é deveras dispendioso e limitado a equipamento de menor gabarito, os militares veem-se na contingência de fazer deslocar mais de 90% do armamento e equipamento por via marítima.

Frota marítima de transporte americana é antiquada

Os americanos recorrem frequentemente a supercargueiros Ro-Ro. “Ro-Ro” é um acrônimo para “Roll on-Roll off”, um tipo de cargueiro para o transporte de automóveis e outros veículos, de modo a que estes entrem e saiam do navio pelos seus próprios meios sem terem de ser içados.

Thompson assegura que toda a frota destes navios, que são 65, está obsoleta, como ficou demonstrado nos últimos tempos. Alguns são tão antigos que já há inclusive navios Ro-Ro parados por não haver técnicos especializados para sua manutenção.

Na verdade, exercícios recentes mostraram que apenas dois em cada cinco navios de transporte estavam prontos para navegar e chegar a tempo ao seu destino. Isso significa que a mobilização militar para um possível conflito futuro seguramente não correrá nada bem, levando a que as forças em ação em zona de guerra ficariam subequipadas nos momentos críticos por falta da entrega em tempo útil do equipamento necessário.

Calcanhar de Aquiles da Marinha americana

O Comando da Marinha americana tem alertado sucessivamente para os perigos levantados pelo envelhecimento da frota. Ora, os programas em curso preveem o prolongamento da vida útil das unidades existentes e a aquisição de navios usados nesta década agora iniciada.

A preocupação dos altos comandos da Marinha tem sido corroborada por diversos congressistas, como o senador democrata do Illinois Tammy Duckworth.

Thompson confirma ainda no seu artigo aquilo que a Sputnik já havia publicado a 2 de janeiro deste mês sobre o estado degradado dos meios de transporte marítimo da Marinha norte-americana.

Novos navios, só para a próxima década. Thompson adverte que essa opção fará com que os EUA estejam mal preparados para os conflitos que, na opinião dele, surgirão inevitavelmente nos próximos anos, e isso pode causar sérios problemas, incluindo desaires militares.

Fonte: https://br.sputniknews.com/defesa/2020012415045225-revista-norte-americana-revela-ponto-fraco-dos-eua-em-caso-de-guerra/

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