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Na quinta-feira (14), o ministro da Defesa da Moldávia, Anatolie Nosatii, afirmou que recebeu garantias de segurança da Rússia por vias diplomáticas apontando que não há ameaça direta ao país decorrente da operação militar na Ucrânia.
Segundo o ministro, não há comunicação direta com Moscou e o contato é mantido por meio de embaixadores e adidos militares. A declaração de Nosatii ocorreu durante entrevista à emissora moldava TV8.
“Nós recebemos mensagens tranquilizadoras de que a operação [na Ucrânia] não diz respeito à Moldávia e de que não há ameaças diretas à Moldávia”, disse o chefe da Defesa moldava.
Segundo Nosatii, a situação está sob controle, mas a ameaça à segurança do país não desapareceu completamente.
“Comparado com fevereiro, tudo melhorou — a situação na Ucrânia melhorou significativamente, as hostilidades saíram das fronteiras da Moldávia. Mas, acredito que a situação está muito quente, a escalada pode atingir o nível máximo”, afirmou.
USoldados krainianos em cima de um veículo de combate blindado ucraniano são fotografados em uma estrada no interior de Donetsk Oblast, leste da Ucrânia, em 8 de julho de 2022
© AFP 2022 / Miguel Medina
Nosatii acrescentou que a Moldávia precisa de equipamentos militares como tanques, veículos blindados, drones, capacetes, proteção corporal, armamento antitanque e de artilharia para que as capacidades de defesa do país possam melhorar.
Apesar das necessidades apontadas por Nosatii, o ministro afirmou que o país não está em tratativas para adquirir equipamentos devido ao investimento necessário e à necessidade de treinamento sofisticado que isso acarretaria aos soldados moldavos.
O ministro mencionou que a Moldávia receberá equipamentos militares sob uma iniciativa da União Europeia (UE) estimada em 40 bilhões de euros (cerca de R$ 217 bilhões) para fortalecer os militares do país. O envio será feito por um período entre 15 e 36 meses.